Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Hoje não falarei

Hoje não falarei das crianças mortas por armas químicas na Síria, ou da sopa de feto humano servida como iguaria na China, ou da contaminação atômica da usina da Fukushima ter se espalhado por todo oceano, e nem vou falar das dezenas de fontes energéticas limpas que poderiam existir, mas continuam investindo em guerras por petróleo, e olha que os gringos estão de olho no nosso pré-sal, mas aqui não precisa fazer guerra, nós damos de mão beijada, basta consultar um dos nossos administradores públicos, mas também não vou falar de corrupção e nem dessa justiça que prende ladrão de galinha, mas não prende os corruptos, que são os grandes fomentadores da miséria e do abismo das diferenças sociais, não falarei de transporte coletivo lotado e obras superfaturadas, copa do mundo e olimpíada é que não vou falar mesmo, inflação não é assunto que se comente, mas está apertando no meu bolso, dos preços do mercado é melhor nem lembrar, não quero falar de bolsa vazia , nem da bolsa de valores ou bolsa família, muito menos das bolsas de grife das madames de vida vazia, e por não falar em madames, nem vou falar que rico faz aborto em hospital de luxo na Europa, e pobres tentam a sorte em clínicas clandestinas ou com remédios contrabandeados via Paraguai, e por não falar em clínicas, não vou falar da industria farmacêutica que ao invés de pesquisar cura, buscam como criar dependentes de drogas legais, e também não vou perguntar porque o rico e o pobre pagam praticamente o mesmo percentual de impostos, sendo que um vende sua própria mão de obra e o outro explora a mão de obra de milhares, e como não gosto de polêmica, também não falarei nada sobre a tendência brasileira de se tornar uma república teocrática, e nem de pastores que só pensam em como explorar ainda mais o seu rebanho, e não falarei da mídia manipuladora, e nem de partidos de aluguel, também não falarei das músicas de péssima qualidade que servem somente a alienação e massificação , logo, também não falarei das grifes do momento, nem do consumismo desenfreado, não falarei do lixo acumulado nos aterros sanitários, não falarei dos carnívoros ambientalistas e defensores das florestas que se tornam pastos que assoreiam rios e nem dos carnívoros defensores dos animais, enfim...hoje não falarei das contradições e nem da vaidade e nem da ambição humana, e nem do poder que corrompe e da busca por status, não falarei do vazio da existência, não falarei de nada desagradável, pra dizer a verdade tô até meio sem assunto, amanhã pode ser bem melhor.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Problemas que nossos governantes não querem resolver

É de se admirar a polêmica que criaram em torno da vinda dos médicos cubanos ao nosso país, para trabalharem onde nossos “profissionais” não querem ir, e ainda se acham no direito de critica-los, ofende-los e humilha-los, mas ( e o problema é sempre o que vem depois do “mas”) num país onde é comum a prática de se trabalhar em hospitais públicos para dormir nos plantões, ou atender mal o paciente (contribuinte), ou coisas piores, como transferir atendimento para clínicas particulares, ganhando duas vezes pelo mesmo atendimento, ou ainda receitarem medicamentos deste ou daquele laboratório que lhes pagam comissão, isso sem falar dos dedos de silicone e fraudadores em geral, provocando filas, demora e acumulo de trabalho para os que não fazem parte das falcatruas. E nossos médicos pela primeira vez se mobilizaram em uma manifestação vergonhosa contra a vinda dos médicos cubanos, curioso como nunca se manifestaram contra as péssimas condições de trabalho e de atendimento aos pacientes do SUS, os abusos dos planos de saúde contra os pacientes e também contra os próprios médicos, enfim, com o descaso e o desrespeito a saúde do povo brasileiro Seria desnecessária a vinda de estrangeiros se nossos brilhantes políticos tomassem uma medida simples, não seria nenhuma injustiça se as faculdades públicas fizessem como é feito nas forças armadas, onde o aluno tem seu curso pago pelo Estado, com alojamento, material, alimentação etc, e ao final da formação recebem salários justos, porém são obrigados a engajarem no serviço militar pelo mesmo tempo de seu curso, tendo prioridade na escolha do lugar de trabalho os que obtiverem as melhores notas, assim se estimula uma competição saudável para a segurança do país que não fica desamparada, e ainda privilegia o esforço individual. Penso que saúde e educação sejam problemas de segurança nacional também, e nada mais justo que se aplicar o mesmo sistema para as universidades federais e estaduais, já que o Estado(contribuinte) paga pelo curso e a sociedade não recebe nenhum retorno. Agindo assim, a educação e saúde pública ganham, pois quem não quiser ter seu diploma validado só depois de prestar serviço público, que estude nas escolas particulares, desta maneira, o acesso a universidade pública será para quem realmente necessita, não para uma burguesia mesquinha que não respeita e não tem compromisso algum com seu próprio povo, quem quiser se formar em faculdades públicas, que pague o preço que a sociedade precisa.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Escravos de quem?

Certas coisas em nosso mundinho não fazem sentido algum, e uma das que menos faz sentido é a divisão do trabalho, é nela que se encontra grandes injustiças. Há quem trabalhe pouco e ganha muito dos que trabalham muito e ganha pouco, há os que não trabalham e ganham, há os que produzem para ganhar e também há os que nada produzem e ganham mais que todos, essa espécie de parasita humana são chamadas de banqueiros, são altamente nocivos, os mais venenosos são relativamente raros, e obedecem uma hierarquia severa, costumam se associar a outras de poder semelhante, para juntas dominarem mais e mais grupos. Existem várias outras espécies de parasitas humanas, como políticos, religiosos, sindicalistas , industriais etc, mas o foco é a exploração do trabalho e não os exploradores, então...estamos tão acostumados com essa exploração que nem nos damos conta que são sete dias da semana e só não trabalhamos em um, é uma baita goleada 6x1, seria bem mais equilibrado se fosse 4x3, trabalhamos por doze meses para ter direito a um mês de férias, seria bem mais equânime se fosse 9x3, mas é uma outra baita goleada 12x1, com tanto tempo sendo gasto em trabalho, condução, cursos preparativos etc , que não é de se admirar que o nosso ‘mundão véio’ de guerra esteja esse caos, essa loucura doentia, essa luta por uma existência vazia, uma existência sem existência, baseada no ter isso, ter aquilo, poder isso , poder aquilo, dominar esse ou aquele. Somos escravos de nós mesmos, das necessidades que criamos e das necessidades que criam para nos atrair para essa roda viva, que nos pega a cada novidade de computador, telefone, i phone, i pad, smart phone, e grifes de roupas e calçados, de restaurantes e carros e rodas e TV’s e tantos outros aparelhos e tantas coisas e tudo isso para ficarmos cada vez mais longe, mais cegos para realidade do mundo, mais distante da terra, do céu, do ar livre,das plantas, dos animais, das pessoas. Bom será quando essa corrida para lugar nenhum acabar, que o ser humano se torne mais humano, que haja uma revolução e a espécie re-evolua, e perceba que somos animais neste jardim que chamam planeta Terra, e somos o animal responsável por sua degradação, um animal que mata e agride seus semelhantes para defender valores e propriedades, mesmo sabendo que d’aqui não levamos nada, e tão cegos por essa busca insana , que esquecemos as palavras de um mestre nos ensinou que temos que ter tempo para o trabalho e também para se sentar a sombra de uma figueira para meditarmos . e se assim fizermos, estaremos libertos da escravidão do trabalho excessivo, e não nos deixaremos sermos arrastados pelas correntes do materialismo, das modas, do poder, do status, das manipulações daqueles que nos incute desejos que não preenchem o vazio que gera uma existência voltada para o trabalho.