Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cúmulo do egoísmo ( terá limite a crueldade humana)



Não que eu seja reclamão, mas tem cada ‘humano’ por aí que envergonha a espécie, se não fosse pouco criarmos bichos em cativeiro, para depois sacrificá-los friamente, esquartejá-los, queimá-los e comê-los , ou capturar animais selvagens nas poucas florestas que ainda restam para expô-los em zoológicos, como se fossem tela ou escultura de artista famoso, usá-los para testar remédios e cosméticos ou torturá-los em circos, rodeios ou rinhas(sim, isso ainda acontece mundão afora), ainda há nos tempos de hoje caçadores de pássaros silvestres, traficantes de vidas, bandidos que roubam a natureza, a liberdade de viver, roubam o céu , Luiz Gonzaga retratou na canção ‘Assum Preto’ a prática de furar os olhos do bichinho, para ele achar que é noite e cantar o dia inteiro, como se o cativeiro não fosse maldade suficiente. então me pergunto qual a justificativa para aprisionar um ser alado, é crime ter um belo canto, voar ou ter uma bela plumagem? Tem limite a crueldade humana? Já ouvi cada desculpa esfarrapada, mas a pior delas é que ‘se eu não prender, outro prenderá’(ainda bem que os estupradores não pensam assim, já pensou?), mas a verdade é que há um mercado e ‘se ninguém comprar, não haverá’, e assim os mercadores de escravos vão ganhando seus trocos, suas misérias , e acabando com o pouco do belo que ainda nos resta. melhor seria visitar a natureza para ouvir os pássaros cantar, meditar, respirar um ar puro, espairecer da correria do dia a dia, mas o egoísmo é tamanho que tem que aprisionar os pobrezinhos para cantar só para eles, lembro de um poema que escrevi algum tempo atrás, se chama ‘Liberdade’ e é assim:
O mesmo pássaro que canta pra mim
Canta em outros portões
Outras árvores, outros telhados
Outras antenas, outros cantos
Muitos cantos
Cantam por aí, no céu
Sempre fugindo dos gatos...
E dos homens.

Será que esses carcereiros, algozes cruéis conseguem imaginar como deve ser bom voar?, ver o mundo de cima, o nascer , o por do sol, morar na copa de uma árvore, cantar a alegria de viver . Diz o dito popular: pássaro preso não canta , se lamenta; é como a origem do blues nos campos de algodão estadunidenses. Fica a última pergunta de indignação. 
Não seria melhor plantar árvores em todos os quintais e calçadas, e cuidar do que nos resta dessas florestinhas urbanas? Certamente nossos amiguinhos alados viriam nos brindar com sua companhia e seus cantos divinos.