Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

sábado, 26 de outubro de 2013

Valores distorcidos

Devo estar ficando velho mesmo, percebo isso quando reparo nos valores de nossa sociedade, quando vejo a sexualização infantil através de músicas pobres, suas danças vulgares e letras chulas. Tanto fizeram as mulheres dos anos 1960, enfrentando a sociedade machista, queimando seus sutiãs como símbolo da luta, e para que? , cinquenta anos depois e a luta foi completamente distorcida, confundiram igualdade com sei lá oque , agora meninas dançam como as mulheres trabalhadoras do entretenimento masculino adulto, adolescentes vestem-se como estas profissionais, temos o aval da carne no carnaval, micaretas, bailes funk, raves etc e o incrível é que as casas de tolerância ainda assim continuam se proliferando por aí, aconteceu como na época do surgimento do cinema, que temiam acabar com o teatro, e não acabou, e a televisão que acabaria com o cinema e não acabou , e os videos domésticos (VHS,depois DVD) o atacaram e também não conseguiram, hoje temos a internet e todas essas outras mídia digitais convivendo em “harmonia”, assim como as “casas de tolerância” convivem bem com toda essa tolerância gratuita. Mas o que me causa mais espanto é que hoje nada mudou, pois querem as “santas” para casar e transforma-las em suas mães ou empregadas do lar, sim há homens que confundem suas companheiras com suas mães e suas mães com domésticas, e há homens que confundem mulher com objeto sexual, e o pior do pior é que tem mulheres que gostam de serem tratadas como bibelo de luxo, como objetos de desejo, como cachorra, égua de raça e coisas do gênero. Vejo academias lotadas, homens e mulheres em busca de serem boas peças nas vitrines, sendo escravos da vaidade em busca de algo que verdadeiramente não necessitam, são vítimas, todos somos vítimas de uma ordem abstrata que nos prende a padrões de comportamento imposto por uma mídia, que trabalha para a industria e comércio, vendendo modelos padronizados de vida, e as pessoas em busca de uma identidade própria encontra nos modelos impostos uma imagem que seja aceita; não quero generalizar, a intenção não é esta, no mundo tem pessoas de todos os tipos, com suas virtudes e vícios, ninguém é perfeito, mas já passou da hora de refletirmos sobre nossos valores, nossas buscas, nossos desejos e sobre oque realmente importa.

A humanidade ainda tem jeito?

Dia desses , andando pela rua, vi duas crianças na calçada guiando sua mãe deficiente visual, vi alegria no semblante da mulher que caminhava despreocupada, o cuidado nos passos dos meninos, talvez menos de nove anos o mais velho; noutro dia vi uma bela garota caminhando lentamente pela praça, acompanhava o passo pesado de uma senhorinha, pele murcha da idade e um brilho no olhar, talvez avó ou ‘biza’ quiça, e a moça alegremente ouvia as histórias da ansiã, segurando um guarda-sol, coisas que encantam, que gosto de ver. gosto de quem não empurra na condução, que cede seu assento aos idosos, grávidas, pessoas com necessidades especiais, é uma vergonha ter que reservar assentos especiais, mais vergonha ainda é ter que ser lei, e como sempre da pra piorar, nossos irmãozinhos conseguem não respeitar a bendita lei, fingem dormir, sinto vergonha alheia diante de situações como essa, mas eu to falando das coisas que gosto, e não o contrário, então... gosto de ver pessoas lendo livros, mas não qualquer romancezinho de meia pataca, e sim algo que transporte para outros mundos, que faça viajar, refletir, conhecer, despertar, livro ruim é o mesmo que assistir novela, não acrescenta em nada ou põe minhoca na cabeça, e por falar nisso, gosto de pizza, mas não as feitas em Brasília, gosto de quem curte boa música, que goste de andar na chuva morna de verão, e no inverno, sopa de feijão com batata, que frita também é muito bom, gosto de quem gosta de bicho, e mais ainda de quem gosta de bicho gente, bicho bicho é fácil de gostar, bicho gente é mais difícil, e tem uns que são bem difíceis. Também gosto de gente simples , fogão de lenha, pé no chão, banho de ribeirão, da época que o fio de bigode tinha mais valor que assinatura em papel ou carimbo de cartório. Gosto de viajar em estradas, trilhos, livros, músicas, telas, na arte enfim, e em outras coisas que não convém dizer em público. Gosto quando meu time ganha, embora eu não ganhe nada com isso, o divertido é tirar sarro dos amigos que torcem pra outros times, ver suas caras de criança emburrada e tem uns que ficam bravos mesmo, mas eu gosto mesmo é de quem ri quando perde e chora quando ganha, saber perder é uma grande vitória. Gosto dos crentes de todas religiões, daqueles que respeitam as diversidades e as individualidades e respeitam as decisões e opções alheias. gosto de quem discorda de mim, mas ainda assim respeita minhas opinioes , gosto de quem refuta meus argumentos para juntos irmos além, não para impor-me alguma idéia fechada, pré-concebida ou de cunho fundamentalista. Gosto de acreditar que esta chegando uma época de gente fina , elegante e sincera , com habilidade pra dizer mais sim do que não(como diria Lulu Santos), e das coisas que vejo e me encanto é que me fazem acreditar que não estamos longe dessa nova era, serei um otimista? a humanidade ainda tem jeito?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Será o fim do mundo?

Tem muita gente que fala do fim do mundo, mas o mundo terá fim? Que a coisa não anda boa pro lado da raça humana todo mundo já percebeu, acredito em Darwin, os mais fortes e adaptáveis sobreviverão e como o tempo tem muito tempo, outras espécies surgirão desse fim para nossa espécie e todas as espécies da natureza que sofrem com a indesejável mão humana,mas a natureza é perfeita, e tudo se transforma e sempre transformará. Se há quem diga que o fim da era dos dinossauros foi devido a grandes e repentinas transformações climáticas provocadas por um meteoro que acertou o planeta, deslocando-o de seu eixo, estamos em via de repetir a história , porém sendo ator da própria tragédia, tendo os dinos como coadjuvantes da derrocada da humanidade através dos combustíveis fósseis provenientes possivelmente dos restos dos corpos destes gigantes. Essa matriz energética altamente poluente é a grande causadora do efeito estufa, e agora o tempo esta doidão, o nível de água dos oceanos vem aumentando com o derretimento das calotas polares, com isso terá que acontecer uma reacomodação dessa água toda, que estava direitinho lá, bem congelada nos dois extremos da nave Terra. Com isso poderá ocorrer grandes inundações, chuvas e tempestades fortíssimas, grandes secas, chuvas ácidas, descargas elétricas e tsunames, e é aí que mora o perigo, pois esses humanos resolveram explorar a energia nuclear, e a pergunta é: Diante de uma grande mudança climática, com todas essas intempéries citadas, não é difícil de acreditar que tragédias acontecerão, e quando a fúria da natureza atingir uma usina ou depósito de bombas nucleares?, em pouco tempo tudo estará contagiado, e se cidades forem arrastadas pelas águas de uma onda gigante? Quem recuperará os aparelhos de raio x e tomografia? E os materiais que vazarão das industrias químicas, quem irá conte-los? E depois disso não demorara para que toda água esteja contaminada, o ar irrespirável, a comida escassa etc... Eu posso ser um alarmista, mas podem dormir tranquilos que se os malucos que detêm o poder não explodirem suas bombas antes, as coisas acontecerão devagarinho, e talvez nem veremos nada disso acontecer, deixemos estes pequenos problemas como herança para nossas gerações futuras.