Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Rei dos Reis

Caminhava um abismo
tão escuro, triste e só
quando veio um braço forte
tão gentil e salvador
...maravilhado...
com a força e com a luz
suas mãos tão maltratadas
a fé que nos conduz
perguntei pelo seu nome
ele disse: Jesus
perguntei se eras pobre
ele me disse que era rei
com sua coroa de espinhos
ele é o Rei dos reis.




terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Meu Mundo(acrílico 30x60)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Meu mundo

Cidade nua
mãe desnaturada
de filhos pródigos
das ruas estreitas
nasce a poesia
do córrego sujo
brota uma semente
sem futuro, sem passado...
alma vazia
cidade nua mãe de vários
criaturas estranhas
na boca do crack
morre a esperança
na calada da noite
nasce a poesia
vive o romance
renasce a esperança
deixa viver
um sonho real
em algum lugar
de asfalto quente
e concreto cinza
um mundo!
Imundo!
Meu mundo

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

contrariando Newton



Não sei se é a imensidão
ou a solidão o que me consome
qual é maior?
as duas são meu corpo
ocupam todo meu espaço
me fazem sentir vivo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Desculpem-me, sou carnívoro




                Desculpem-me, sou carnívoro, saboreio cadáveres cozidos, fritos, assados ou grelhados, aprecio aquela  gordurinha  bem tostada de uma picanha ou contra-filé, adoro o cheirinho do frango girando na porta da padaria.
                Pobres bichinhos, escravos, nascidos e criados confinados, detento sem crime, condenados pelo meu paladar, pelo meu bel prazer humano, humanizo a dor, acho normal, justifico –me  “é para comer”, mas é para comer que desmatam as florestas  da Amazônia para criar gado, é para  comer que desmatam o pantanal, cada dia mais assoreado por conta das fazendas , é para comer que mudam a legislação para favorecer pecuaristas, e é para lucrar que morre tanta gente com os efeitos nocivos da carne vermelha e ainda assim é fomentado o seu uso, é para comer que transformam campos e florestas em plantações de soja para gado de gringo comer, enquanto um sem número de humanos morrem de fome, é para comer que as vacas tem suas tetas cheias de pústulas sangrando de tanto serem sugadas, mas nas embalagens de laticínios sempre tem uma vaca feliz, alegre, sorridente  e saudável, nos doando leite cheia de satisfação,   e os pobres touros tem seus testículos  esmagados, mutilados para engordarem rápido,  e os porquinhos, tão inteligentes como os cães,  sentem e percebem seu triste destino, que azar ser um torresminho ambulante, bacon, pernil, costelinha, pururuca, bisteca, que delícia, azar o deles não terem nascido cachorro, de preferência cachorro de madame, melhor tratado que muita gente por aí, sorte dos cães não terem a carne saborosa(embora os chineses apreciem)
                As vezes me pergunto:  se uma  outra espécie   vier do espaço, se elas forem mais fortes e ou mais engenhosas que nós e por isso acharem-se superiores a nós  “humanos” e se colocarem   no topo da cadeia alimentar, seria justo ou lícito nos criar  como seus escravos, forçando-nos a reprodução? Seria legítimo  nos castrar e nos  confinar até o dia em  que resolverem nos matar das maneiras mais cruéis  para depois nos destrinchar, esquartejar  e nos colocar exposto em balcões de açougue?  Seria hediondo girar nossos pedaços em espetos e festejar com nossa carne e dar nossos ossos para os animais “inferiores”?
                Ainda bem que não tenho do que me preocupar, somos o topo da cadeia alimentar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Juízo Final



descobri meu destino

e caminho pelo ócio da vida

o dia espera a noite

a noite espera o dia

profetas de plantão

e teorias absurdas

questionáveis existências

cegos pela fé

rastejam de joelhos

é a busca do perdão...

salvação.....

evolução........

revolução...........

e o caminho sem volta

das noites e dias.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lat'aqui

quantos pensamentos pensam
quantos sonhos sonham
quantas dores doem
quantas vidas vévem
pensam e sonham e doem
mas vévem nesse vai e vem
esférico....esparso.
No espaço de esferas
soltas no ar que prende
a vida no corpo
que vévi e sente
o sentido e espera

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Uma garça(acrílico sobre tela 70x100)

 





"Eu sou como a garça triste"Que mora à beira do rio "As orvalhadas da noite"Me fazem tremer de frio."Me fazem tremer de frio"Como os juncos da lagoa;"Feliz da araponga errante"Que é livre, que livre voa."Que é livre, que livre voa"Para as bandas do seu ninho,"E nas braúnas à tarde"Canta longe do caminho.Tragédia do lar: Castro Alves






                                                                                                                              

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dai-me




acendi uma vela p'ro cão
e fiz uma oração a Deus:
Dai-me paz e ciência
e que eu possa auxiliar
a iluminar o caminho da escuridão
vamos todos ascender
para que só haja luz







sábado, 23 de abril de 2011

Sol Tribal (espelho-65 cm de diametro)


Contam as lendas que a verdade foi enviada por Deus ao mundo em forma de um gigantesco espelho. Quando o espelho estava chegando sobre a face da terra, quebrou-se e partiu-se em inumeráveis pedaços que se espalharam por todos os lados. As pessoas sabiam que a verdade era o espelho, mas não sabiam que ele havia-se partido. Por isso, aquele que encontrava um dos pedaços acreditava que tinha nas mãos a verdade absoluta, quando na realidade possuía apenas uma pequena parte dela
O Espírito Eros, psicografou através de Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bastardos Inglórios.


avisa aí que vem chegando
a gente feia da periferia
no bolso de nossas roupas...
das lojas de liquidação
trazemos as gírias e nossa arte
indigesta e marginal


a inovação é um parto doloroso
de uma gravidez indesejada
que a d. Sociedade não conseguiu abortar
somos a nova safra
na saga dos renegados


agora os filhos bastardos
voltam a casa do pai
mas não somos os pródigos
estamos livres das regras do criador


nossa ginga e nossa arte
sofrimento transformou
em combustível para nosso sorriso
de dentes tortos e idéias francas.