Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sendo sombra

Dia é dia e noite
noite que é noite
 é só noite
não é dia e noite 
...sendo

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Elementos



Do Sol que existe
Em mim um céu
Habita o mar eterno
Da vida, haja mais vida
Sob o Sol que subo
É meio dia
Terra e água gira
Em ar calor
Energias.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sol de cacos de espelho (+ - 40 cm de diâmetro)


terça-feira, 3 de julho de 2012

Luz no fim do túnel (acrílico em tela 30x50)


 Isto é  a Toscoart do Roco.


essa tela se chama Luz no fim...do túnel. tem 30x50 (eu acho)em tinta acrílica....
os pontos dispostos em círculos são incontáveis....demorou quase um ano para ser feita. predominam as cores primarias....e em forma do símbolo para energia nuclear....embaixo  predominam tons vermelhos(encarnado, vida), do outro o azul(todas possibilidades espirituais) e do outro lado amarelo, representando a luz maior. deveria ser branco, porém fiz o amarelo predominar para termos as três cores primárias, representando a santíssima trindade, e girando as cores fica tudo branco mesmo...o centro do círculo é branco e tem uma silhueta humana carregando um castiçal com uma vela.


Bastardos Inglórios

avisa aí que vem chegando
a gente feia da periferia
no bolso de nossas roupas...
das lojas de liquidação
trazemos as gírias e nossa arte
indigesta e marginal


a inovação é um parto doloroso
de uma gravidez indesejada
que a d. Sociedade não conseguiu abortar
somos a nova safra
na saga dos renegados


agora os filhos bastardos
voltam a casa do pai
mas não somos os pródigos
estamos livres das regras do criador


nossa ginga e nossa arte
sofrimento transformou
em combustível para nosso sorriso
de dentes tortos e idéias francas.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Caminhando pelos caminhos dos caminhos de São Tiago de Compostela



                               Minha primeira passagem pelo caminho de Santigo vem de uma data imemoriável, as floresta tomavam todo o lugar, haviam animais de todas espécies, e de lá surgiu um mito, mas eu digo, afirmo e confirmo completamente verdadeiro, e dou fé.
                Éramos uma tribo, herbívoros por natureza e convicção,  acreditávamos que ao nos alimentar  dos vegetais devolvíamos a animalidade para eles, pois  quando incorporado ao nosso corpo sua energia extraída  da terra dava  vida ao nosso  corpo, numa interligação da trindade terra, água e ar resultando em energia.  éramos aquilo que comíamos, e para agradecer  a colheita farta e garantir  a próxima  colheita  ainda melhor,  oferecíamos  em sacrifício um  membro de nossa comunidade num ritual, a fogueira seria acesa ao surgir da lua por de trás das montanhas na primeira lua cheia da primavera, dançaríamos comendo a carne  queimada e bebendo o sangue do oferecido, fazendo este ser parte de cada um da tribo e se reintegrando a terra.
                Era começo de noite, uma claridade muito forte surgiu no campo distante, donde surgiria a lua , era naquela direção que  viviam touros e vacas selvagens, era como se todas as estrelas do céu começasse a girar e girar  se agrupando e cada vez mais próxima  iluminou o campo como se fosse meio do dia outra vez,ficamos com medo, seria o fim do mundo? Estávamos fazendo algo errado? Seriamos todos queimados?  E centenas de estrelas giravam muito próximo, fazia um estrondo, um zunido no ouvido, a luz girou muito forte e depois e foi se espalhando  formando novamente a noite ainda sem luar, mas logo surgiu a lua por detrás das montanhas,  iluminando o campo com sua luz prateada, as fogueiras estavam apagadas, esperávamos pelo surgimento dela para acendermos e começarmos o ritual, era entrada de primavera e nossos campos estavam fartos. Mas naquele dia tudo foi muito diferente de todos os outros e  ao iluminar da lua sobre o campo, notamos desenhos estranhos no pasto, era um campo sagrado para nosso grupo , pois as vacas caminhavam e nos fornecia material orgânico para nossas plantações. Ficamos encafifados com aquelas formas estranhas iluminadas pela lua, queria dizer alguma coisa que não compreendíamos,  naquela  noite não houve festa de primavera  e nem sacrifico humano,  ficamos todos a observar e meditar sobre o que teria acontecido, o temor tomou conta da tribo e  naquele  primeiro dia ninguém se atreveu a caminhar por aqueles campos,  mas notamos que vacas e touros foram e comeram da grama deitada pela estranha luz e a princípio nada de anormal fora notado,os animais  estavam bem. Nessa noite caiu uma breve chuva, e o próximo dia amanheceu quente e acolhedor. Era trabalho dos homens colher o estrume dos animais para que as mulheres preparassem o fertilizante, já que fertilidade é assunto de mulher, os cuidados da roça eram delas, aos homens cabia arar, e carregar a colheita.  O fato é que nesse dia encontramos sobre os estercos uma coisa, uma espécie de planta ou algo parecido, ninguém conhecia, nunca tinha visto nada nascer assim, levamos para nossa anciã que mais conhecia de vegetação e foi novidade para ela também, mas se é do mundo vegetal podemos experimentar  para conhecer se faz bem,  se fizer  poderá compor nosso parco cardápio, disse a sábia velha. Então na mesma noite  cada um da tribo recebeu cinco destes  ‘frutos das estrelas ‘ , e para surpresa geral, todos embarcaram numa incrível viagem pelas estrelas, viajaram pelo Cosmo e perceberam que visitaram as mesmas luzes que deitaram a  relva naquela noite de primavera, o tempo adquiriu outra velocidade, a lua chegou ao seu cume , iluminando com sua lua prata toda a terra, e todos ficaram agradecidos, o amanhecer fez ela ficar discreta diante do sol, e todos dançaram  fantasiados de lua e sol. essa foi a primeira vez que caminhei pelos caminhos dos caminhos de Compostela.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Hoje



Hoje não vou falar de dor
Vinganças, injustiças e mentiras
Não  merecerão minha atenção
Só o amor é luz e água
Lava, benze e batiza
Ilumina, alimenta e purifica



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Uni...versos

Eu não paro pra pensar
Penso em movimento
Contínuo 
Arquiteto  universos
Um,  dois ou três mundos
Um,  dois ou três segundos
Idas
Vindas
Vidas.

sábado, 28 de abril de 2012

Madrugadas

A cidade silenciou
Somente cachorros ladram distantes
 ruídos passam e se vão
Quebro o silêncio da minha alcova
Deixo invadir a harmonia
acordes circulam, circundam
viajam....soltos no ar
espírito divaga.
 o idioma universal
o sussurrar dos anjos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

candidato



Ilusões e mentiras
Promessas vazias
Sorrisos falsos
Palavras bonitas
E bem postas
Saem da boca
Destes bostas!!!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

O dia do silêncio




Se de repente as pessoas não falassem por vinte e quatro horas, o mundo teria um milionésima fração de segundo de sanidade, mas uma sanidade contida pelo silêncio, porque mesmo sem falar , se pensa e age.
Mas oque é uma ínfima fração de silêncio na história falada? De que isso seria útil? será que falarão o dobro no dia seguinte? Com certeza, e digo mais, será o acontecimento mais comentado pela imprensa, imagine que prato cheio pros vendedores de jornais e revistas sem conteúdo, terão assunto para capa por semanas, e relatos desnecessários por meses. Nos programas dominicais de tv só se falará nisso, e farão especiais do tipo 'oque as celebridades fizeram no dia do silêncio' ou 'nossos repórteres acompanharam oque fulano fez no dia do silêncio' e mais 'depoimentos da ciclana sobre como foi o seu dia do silêncio'.
Nem copa do mundo, nem outro escândalo de corrupção no congresso, nem a morte do Sílvio Santos irá mudar de assunto...ops... a morte Sílvio Santos também já é demais, ele deve ter planejado tudo, até imagino o marketing:
-Compre tele-sena de morte do Sílvio Santos, tenha o santinho do Sílvio Santos e enrique como ele, compre o poster do Sílvio Santos, leia a biografia do Sílvio Santos, a única autorizada em testamento, assista o filme sobre a vida do senhor Abravanel, grátis um documentário e um super making off com super depoimentos da família, amigos e artistas, e todos os programas de homenagem ,o museu e até o leilão das perucas, ah!!! Essa eu tenho que ter uma.
Fiquei sabendo que ele vai deixar células e congelar o cérebro(mais ainda), ai meu Deus! Nem quero imaginar, já pensou um monte de clones do cara, se já não bastasse os que já temos por aí(Celso Portinhola, Glu Glu Liberado etc...).mas o senhor do baú é outra história, voltemos ao dia do silêncio.
Fofoca, isso não aconteceria se ficássemos mais calados, mas penso eu que seria melhor por vinte e quatro dias. Melhor ainda! Falaremos dia sim dia não, assim evitaremos muitas palavras que saem da boca sem passar pela mente, e criaremos o hábito de filosofar metade da vida, (pobre senhor Abravanel, se todos fizessem isso ele seria marreteiro até hoje).
Talvez vinte e quatro horas não resolvesse, o ser humano é muito engenhoso, todos usariam a linguagem de libras e não faria muita diferença, seria melhor instituir o dia do silêncio mesmo, então a industria produziria o Silencitone(com gotas de chocolate ou frutas cristalizadas), e ovo de silêncio(chocolate branco, preto, diet e light), e neste dia tão glorioso para a humanidade daremos feliz dia do silêncio(em L.I.B.R.A.S), com aquela cara de pau de quem falou muita besteira e nem sabe o sentido do que esta comemorando.

gato lunar (acrílico sobre tela 40x60cm)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Errante (O mais presado dos desejos)




Errante


Sou só um pobre fodido
ficando velho.
quando eu crescer
talvez erre menos...pensava
não quero mais ser adulto
nunca quis
no fundo sempre fui...
não quero reconhecer
mas dentro da minha criança
sempre houve um adulto
há uma criança em mim
há o coração
a dor, a resignação
a saudade ou martírio
não cabem dentro dele
que de aberto transbordou
só ficou o mais pesado


o mais presado dos desejos


a vida se apresenta
e eu me apresento...
como um passageiro
(clandestino...é verdade)...
desta nau a céu aberto
deste vento virador de páginas
destas linhas que traço
sem saber do dia de amanhã
só sabendo a frágil ponte
que nos separa da vida
e da morte.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

beira do poço


 Escorregou na lama
da poça da beira do poço
rastejou arrependido
na trama do seu desgosto
se olhou sujo
meio a contra gosto
se julgou só e injustiçado
um esgoto
achava que era do fundo
a lama da poça
da beira do poço .


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As cores e as coisas da vida

as coisas são como as cores
as cores são como a vida
a vida tem muitas cores
hora cores quentes
hora cores frias
infinitas matizes.