Salamaleiko

bem vindo ao blog de contos, crônicas, poesias e manifestações artísticas do Poeta Vagabundo, este não é um blog diário, alguns textos são longos, requerem maior paciência do leitor, e para aqueles que acham os intervalos das postagens demasiado longo, rogo lhes que investiguem as postagens mais antigas, pois este blog tem conteúdo para um livro. e o Roco sempre contribui com suas telas.
agradeço pelo calor dos comentários, eles me dão força para continuar...
grande beijo do Poeta vagabundo.




Ps I: conteúdo registrado na biblioteca nacional

PsII: fiquem a vontade para críticas e comentários....dúvidas poderão ser respondidas...ou não...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O jardim secreto

No interior do Brasil de terras sem fim existia um vilarejo chamado Águas Calmas, neste pequeno fim de mundo, num casarão estilo colonial de paredes brancas e janelas altas, vidros coloridos, em meio a uma pequena fazenda perto duma chapada, que se estendia dando origem a uma grande serra, vivia uma jovem chamada Esther. A garota saia a caminhar pêlos campos floridos todos os dias depois das aula, andava displicente cheirando o perfume das flores, cortando caminho pelas montanhas até chegar em casa. Numa destas tardes furtivas entrou pôr uma trilha ainda desconhecida, caminhou pôr entre as árvores até chegar a uma clareira, que formava um jardim natural ornado pôr uma cachoeira que descia das pedras da chapada formando um lago de águas mornas e cristalina, protegida pela floresta, nadava nua todas as tardes, somente as orquídeas selvagens e o firmamento a contemplar a beleza ímpar da donzela de corpo esguio e pele tão alva como as nuvens do céu de Águas Calmas na primavera.
Numa destas visitas ao santuário, a menina se distraiu com as belezas e encantos da natureza e não percebeu o tempo passar, para seu azar, o pai chegara mais cedo do trabalho e logo notou a falta da filha, perguntara a tia Conceição sobre o paradeiro da garota, mas esta não sabia, se indignou pela falta da velha, mas logo a perdoou, ela era de sua total confiança, fora tia Conceição que o ajudara a cuidar da filha desde o seu nascimento, pois quando viera ao mundo, sua mãe partira desta. .Entretida na lida diária da casa a tia nunca dera falta de Esther e nem imaginava seus passeios, mas depois deste dia a vigilância foi redobrada e a partir de então as visitas ao jardim secreto se tornara cada vez mais raras e a vida de Esther cada vez mais triste e sem brilho, não conseguia bons desempenhos na escola, seu sorriso tornara-se triste e sem brilho, os olhos que outrora tinham o brilho do véu d’agua da cachoeira agora estava opaco, como uma noite sem luar, parecia-lhe faltar um pedaço, a tia não lhe largava do pé o dia inteiro, caminhava léguas todos os dias para leva-la e busca-la na escola. Esther só tinha liberdade quando a noite caia, e o pai e a tia dormiam exaustos depois do dia cansativo de trabalho.Numa noitequente de verão a garota aproveitou seus poucos momentos de liberdade, abriu as janelas de seu quarto afim de refrescar o ambiente, a luz do luar iluminou todo o recinto, os vidros coloridos das janelas desenharam figuras decorando as paredes com uma belezas de cores sutis, e enquanto as sombras brincavam com as luzes prateadas do luar, a própria Lua chamou Esther para perto da janela, então ela sentou-se no beiral e ficou mirando estrelas, cada um a com um brilho, um mistério diferente,os campos que ladeavam sua casa transformaram-se num manto prateado, no horizonte a floresta escondia seus segredos, e da janela de sua casa podia ouvir o som das águas da cachoeira, num canto mágico, como o canto da sereia que encanta o marinheiro, levando-o aos corais.Seus olhos tomaram novamente o brilho radiante das estrelas, seus cabelos o brilho do luar, uma força estranha dominou seu corpo e quando Esther deu pôr si já estava nua na banheira de águas mornas do jardim secreto, a lua e as estrelas, a chapada e as orquídeas selvagens velando seu banho. Antes dos primeiros raios de sol Esther estava de volta, deitada em sua cama ardendo em febre, sem saber direito se o que havia lhe acontecido era verdade ou pura alucinação. A brisa da manhã esfriou o quarto e Esther levantou-se tropega, para fechar as janelas antes de seu pai acordar.
Depois daquela noite não mais voltara a seu jardim e notara que aquele sangramento estranho que lhe ocorria todos os meses havia parado, ficou contente, assim não precisaria contar nada para seu pai ou para sua tia, só de pensar em tal possibilidade ruborizava, agradecia a Deus pôr estar curada, só não sabia de que, mas até promessa para Santa Luzia fizera, e uma graça havia alcançado.Sentia falta das águas confortantes da lagoa, mas não havia menor possibilidade de ir até lá, seu pai comprara uma casa no vilarejo, para que ficasse mais perto da escola, evitando que sua tia andasse tanto, além disso o pai acreditava que se estivesse em maior contato com as meninas de sua idade, Esther não seria tão calada e tímida, e teria mais tempo para se dedicar aos estudos, sua idéia fora logo frustrada, depois dos sucessivos estranhos acontecimentos:
Primeiro Esther começou a sentir muitos enjôos e tonturas, a tia disse com estranheza:
-Cruiz em credo fia, tá com maleita?- e lhe deu um chá de qualquer coisa para passar o mal, porém o mau não se foi e sua barriga estava um pouco dilatada, então a tia disse:
-É bicha, um óio de rinsino , umas erma de Santa Maria e ôce bota essa bicha pra fora, daí adeus barrigão- e a barriga da moça continuava a crescer gerando chacotas e fofocas no lugarejo. A tia, pobre velhina curandeira acalmava a fúria do pai dizendo:
-Um copo de maztruz com leite toda manhã , que logo logo vai tá curada, porque isso ai é uma ameba,... e das grande!- mas a barriga foi crescendo e os comentários crescendo ainda mais que a barriga. Tia Conceição contava histórias antigas, estranhas e sem sentido, de uma índia que engravidara numa lagoa, Esther não tinha nada a dizer, e só de cogitar o assunto ficava com as bochechas rubras como o entardecer no oriente, não tinha menor idéia do que estavam falando, só sabia que não havia feito nada de errado, era inocente.
-Eu te amaldiçôo- disse o pai revoltado- e amaldiçôo o bastardo que carregas na barriga, também amaldiçôo o pai desta cria, que veio para colocar nossa família em vergonha! -Falando com ódio e amargura em suas palavras, Esther encafifada com aquela gravidez misteriosa, voltou para casa da fazenda acompanhada de sua tia, se escondeu de tudo e de todos, trancou portas, janelas e relações externas, seu único vínculo com o mundo fora através da velha tia, seu pai permaneceu no vilarejo, envergonhado começou a beber compulsivamente e antes do neto nascer, já havia perdido tudo que possuia, só lhe restando a fazenda que deixara de herança, e no dia em que Esther sentira as dores do parto, seu pai falecera após um coma alcoólico, morrera na escadaria da igreja sob o sol do meio dia, o reverendo fora acorda-lo para aplicar mais um sermão quando notara que estava morto, então encomendou-lhe a alma dando a extrema unção, pegou sua bicicleta e fora avisar a família. Chegando lá falou com a velha tia, mas esta preferiu não contar nada a sobrinha, devido a seu estado. O padre achou estranho todas as portas e janelas do casarão estarem fechadas numa tarde quente, mas Esther só permitia abri-las nas noites de lua nova.
A garot de a luz a seu filho enquanto na cidade seu pai estava sendo velado, a velha tia não podia ajuda-la, era tradição de sua tribo parir sozinha, mas a garota não era indígena e não tinha idéia de como fazer, a noite foi passando, a lua atingindo seu ponto mais alto, então finalmente o bebê veio a luz, Esther o abraçou e desmaiou exausta, não conseguindo cortar o cordão umbilical, quando voltou do desmaio, estava muito fraca, havia perdido sangue , pegou uma tesoura de pano mas não consegui fazer o que era preciso, pereceu com a tesoura na mão.
Ninguém no vilarejo ficou sabendo do destino de Esther, nem tampouco de seu rebento, só sabiam da tia velha que era tida como maluca, caduca e afins, pois se isolara de todos, e só abria as janelas nas noites quentes de verão ou primavera, sempre na lua nova. As línguas ferinas da cidadezinha diziam que a menina misteriosa fora mandada pela tia para a cidade grande, onde não faria vergonha a família , também havia a corrente que pensava que a garota havia sido trancada no porão pela velha louca, pois também enlouquecera depois de dar a luz a uma criatura horrenda que assombra as fazendas adjacentes, o assunto se transformou em lenda na região, mas ninguém nunca se atrevera a perguntar a velha depois das missas dominicais, nem tiveram coragem de visita-la em sua casa.O menino Aparecido, ficou aos cuidados da tia que agora estava cegueta, mas sua mãe nunca saira do seu lado, assim ele cresceu, e todas dúvidas que tinha sobre a vida perguntava a sua mãe, e toda que esta sabia, respondia. A tia mal enxergava um palmo a frente do nariz, e além da idade avançada tinha o garoto como meio doido, pôr conversar com a mãe morta, mas ela mesma também o fazia, de uma maneira diferente, confundindo a realidade, só sabia que nos momentos mais difíceis se flagrava tomando conselhos de sua sobrinha, e esta sempre tinha um palavra de alento para a tia.
Logo a energia elétrica chegou na roça, então a tv passou a ser a companheira de Aparecido na maioria de seu tempo, era nela que via tudo que nunca poderia conhecer pessoalmente, pois seu mundo era a casa na roça, o espirito da mãe que o acompanhava, a tia e agora a televisão. Isso o transformou num adolescente introspectivo e solitário.Quando a época chegou, os programas que via na tv lhe trouxeram dúvidas e curiosidade, mas sua mãe em nada pode ajuda-lo, este seria um problema que teria que resolver sozinho, e a medida que Aparecido perdia a inocência, sua mãe entrava num estado de catatonia, o deixando ainda mais solitário.Quando era mais novo sempre teve a companhia e o conselho da mãe, agora estava se sentindo cada vez mais sozinho e necessitando de um amigo, mas quem iria querer a amizade de um rapaz de dezesseis, grudado a mãe catatônica pelo cordão umbilical, afinal ele sabia que era uma aberração da natureza.
Através de um programa vespertino de tv educativa, descobriu uma biblioteca pôr correspondência, e um clube do livro, então abandonou sua tão antiga companheira (tv) e se entregou a nova modalidade de entretenimento, conheceu o serviço de correios, criou um grande círculo de amigos pôr correspondência, e através ds cartas teve amigos de todo o Brasil e alguns estrangeiros. Sempre dizia ser como um personagem de algum livro ou da tv, mas notou que uma amizade verdadeira não poderia ser baseada em mentiras, então resolveu mudar o teor de seu discurso, passando a falar(ou melhor , escrever) sobre as belezas de sua região. Dizia como era belo o nascer do sol, ou o entardecer pôr detrás dos montes, os pássaros cantando nas árvores ao amanhecer, ou a lua, que em cada quarto exibe um brilho diferente, descreveu o jardim secreto que sua mãe lhe contara, e pôr falar destas coisas bonitas, despertou a curiosidade em algumas pessoas, então começou a receber propostas de visitas, ficando assustado com a impossibilidade de viajar ou receber pessoas em sua casa, foi obrigado a inventar uma mudança de estado, fez novos amigos pôr correspondência, mas desta vez adotando uma caixa postal, assim não correria riscos de surpresas desagradáveis, lentamente fora abandonando o hábito de escrever, mas uma garota resistiu a todas as cartas não respondidas e insistiu, insistiu muito, e uma das missivas da moça Aparecido sentiu um toque de sinceridade e isolamento, se identificou com este lado da personalidade da garota e saiu de seu silencio postal.Depois de algumas confissões mútuas, a garota contou ser deficiente visual, e ele entedeu porque as cartas eram escritas a máquina. Agora tinha duas amigas a biblioteca e Luzia, não vivia mais na completa solidão e tinha um motivo para continuar sua caminhada pela vida.Luzia fazia parte de um núcleo de apoio ao deficiente visual, e numa das cartas , citou a possibilidade de uma excursão a Águas Calmas afim de conhece-lo pessoalmente, Aparecido topou sem fazer milongas, e foi logo planejando tudo para a chegada de seus novos amigos.Seu Manoel, o velho da venda era muito bisbilhotero , e estranhou a compra de D. Conceição, comentou com sua esposa:
-Minha véia, agora a muié pirou de vez, pra que que ela que tanta coisa? – sua mulher era uma velha banguela e rabujenta de cabelos longos, grisalhos e engordurados, sempre tinha uma aureola de suor manchando a blusa debaixo dos braços, os seios enormes caiam pôr sobre a enorme barriga e a única coisa que tinha a fazer na vida era cuidar da vida alheia, seu Manoel era calvo e tinha os dedos e os dentes amarelados do cigarro de palha, os dois juntos pareciam personagens de filme de terror b , não demorou muito e todo o vilarejo sabia da compra de dona Conceição, e novamente fora motivo de comentários, que aumentaram ainda mais quando uma van lotada de jovens cegos chegou a cidade, e o motorista pediu informações sobre como chegar a fazenda, mas nada disto importa em nossa história , pois finalmente o dia esperado chegou e Aparecido pode ver como Luzia era linda. Tinha um corpo muito bem torneado, pele morena jambo, cabelos negros como os de sua mãe, traços delicados como a pétala de uma orquídea, e nos olhos negros um mistério, sempre escondido pôr trás dos óculos escuros, detalhe que realçava ainda mais seu charme, sua voz era doce como o mel, e uma forma calma e compassada ao falar, lhe dava o carisma que conquistou o rapaz em suas cartas e ainda mais no instante em que ele a viu pessoalmente , em toda a sua aura não havia um só traço de amargura. Luzia deslizou suas mãos macias pelo rosto do rapaz e disse:
-Voce guarda um segredo maior que meu mistério, mas quando quiseres, podes me contar, eu entenderei. – Aparecido trajava um manto negro e bem longo, para que o motorista da ¨ van ¨ não pudesse ver sua mãe escondida debaixo, e ao ouvir aquelas palavras suar pernas tremeram como vara verde ao vento, então gaguejou alguma pinóia e superou o susto, depois disto cuidou ainda mais de manter distância do motorista..
O evento fora um sucesso, e o melhor dia de sua vida terminou com a promessa que haveriam outros, Luzia fora a última a se despedir, passou as mãos no rosto de Aparecido, carinhosamente beijou-lhe a face e disse:
-Nunca esquecerei seu rosto, você é uma pessoa muito diferente e especial, eu posso ver a luz da sua aura na escuridão e é a primeira vez que isso me acontece. – Aparecido sorriu timidamente dizendo até logo, com um nó na garganta, segurando o choro, não conseguiu dizer mais nada, Luzia entrou e o carro lentamente desapareceu em meio ao pó da estrada de terra.
Depois de tantos anos de solidão, ele tinha um novo grupo de amigos, que nunca descobririam seu segredo, e cada vez mais sentia desejo de viver, só para ver Luzia outra vez, escrevia com frequência para sua musa e para ela dedicava poesias, prosas e versos, não sabia quem lia as cartas, mas isso já não importava, imaginava uma amiga íntima lendo em segredo, imaginava as expressões em sua face, se imaginava falando aos ouvidos, declamando poesias, não conseguia conter a ansiedade de vê-la novamente. Outras visitas se sucederam, e com aquele grupo o jovem teve coragem para conhecer o mundo, com sua musa fora conhecer o mar, e pôr onde passavam descrevia tudo o que via, dizia como é lindo a imensidão azul do alto da serra, definindo como um horizonte sem fim, o sol se pondo a beira mar pintando o azul de alaranjado, enquanto os raios refletem na água, criando uma pintura magistral. Luzia ouviu o barulho das ondas quebrando nas pedras num eterno vai e vem , sentiu a brisa em seu rosto e o sal em seus lábio, chorou, então Aparecido sentindo-se triste pôr vê-la derramando lágrimas perguntou-lhe:
-Porque esta chorando?, É pôr não poder ver as coisas belas que descrevo-lhe?
-Não – disse ela- é pôr poder sentir, pôr poder estar aqui e viver este momento de felicidade diante desta força eterna.- depois desta viagem, Luzia pode passar o fim de semana na fazenda sem o grupo que os acompanha e finalmente ficar a sós com Aparecido.
Tarde da noite, Aparecido contemplava o firmamento da varanda de sua casa, Luzia chegou lentamente, e delicadamente colocou suas mãos sobre os ombros dele e lhe pediu:
-Me descreva o que esta vendo meu amor.- apontando para todas as direções, num movimento circular. Aparecido fechou os olhos e começou a falar:
-Vejo o céu azul escuro cobrindo o mundo todo como um abraço de Deus, as estrelas brilhando no manto azul são como centelhas de amor nos chamando para junto delas, a lua é como se fosse nossa mãe dizendo que ainda não estamos prontos, porque somos muito jovens.Então Luzia pergunta pelo jardim secreto, de que tanto falava nas cartas, o rapaz pega em sua mão e instintivamente segue rumo ao lugar desconhecido até mesmo para ele. A lua iluminando os pastos num manto prateado, Aparecido olhou para sua mãe , que se escondia debaixo do manto negro, ela estranhamente havia deixado seu estado de catatonia e lhe sorriu, aprovando sua atitude com um meneio de cabeça, caminharam rumo a floresta sob a luz do luar, o rapaz sentia um misto de felicidade e ansiedade, quando chegaram a floresta, Aparecido não sabia que direção tomar, então sua mãe o pegou pela mão os guiando até o jardim. Tudo estava como a vinte anos atras, então se sentaram numa pedra a beira da lagoa, Luzia sentiu o cheiro das flores e a brisa da noite dominando seu corpo, se despiu completamente e foi em direção a água, sentindo uma atração incontrolável, Aparecido fez o mesmo, levando sua mãe presa ao cordão umbilical.
-Me diga o que estas vendo Aparecido.
-Estou vendo uma cachoeira de beleza tão misteriosa como a sua, a lua iluminando toda a chapada, enquanto as orquídeas multicores nos vela.
-Me abrace aparecido! Pediu em tom de súplica, então ele a abraçou como se fossem tornar uma só pessoa.
-Para onde foi seu segredo?- perguntou surpresa, pois a sensação de nunca estarem a sós desapareceu.
-Meu segredo reencontrou seu lugar aqui no jardim secreto- ficaram em silêncio pôr alguns instantes.
-Pai , eu a trouxe de volta. – falou Aparecido, a moça correu os olhos pôr todos os lados e perguntou:
-Com quem falas, só vejo a lua, as estrelas , a cachoeira e o lago, a floresta e as orquídeas a nos velar?

Um comentário:

  1. Um Lindo conto para refletir sobre a vida, nossos conflitos, nos remetendo aos tempos bucólicos do passado mas também a temas atuais,as vezes lembra Mário de Andrade noutras o próprio Edgar Alan Poe tantos outros autores se confundem nesse conto, vale a pena ser lido sempre.

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